Correio Braziliense, n. 22699, 14/05/2025. Brasil, p. 9
CPI pode passar à frente
Wal Lima
Danandra Rocha
A Comissão Parlamentar de Inquérito do INSS na Câmara dos Deputados conta com 200 assinaturas. Foi o que garantiu ao Correio o autor da proposta de criação do colegiado, deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Segundo o parlamentar, a CPI pode passar à frente de alguns dos 11 pedidos de outras comissões de inquérito protocoladas. Regimentalmente, somente cinco podem funcionar ao mesmo tempo com base na ordem de requerimentos.
“Me encontrei com o presidente (da Câmara) Hugo Motta (Republicanos-PB) duas vezes e ele está aberto para pautar a CPI. Ele me orientou a verificar a lista dos 11 requerimentos e ver a urgência de cada um, porque tem requerimento que foi esquecido o tema do INSS é uma urgência. Após verificar a lista junto ao primeiro-secretário da Casa, vou retornar ao presidente e mostrar as cinco CPIs que podem ser pautadas, entre elas a do roubo dos aposentados”, disse Chrisóstomo.
O requerimento conta com 86 assinaturas do PL, 25 do União Brasil, 22 do PP, 20 do Republicanos, 14 do MDB, 13 do PSD, sete do PSDB, quatro do Novo, três do PRD, do Cidadania, do Podemos e do Solidariedade, e duas do Avante. Quase a metade dos deputados que subscreveram são da base do governo.
Em outra frente, a senadora Damares Alves (RepublicanosDF) afirmou ontem que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve ir além da apuração dos fatos. “A gente não quer investigar só para saber quem roubou. Queremos o ressarcimento, com juros e correção. Queremos a extinção dessas entidades que se envolveram na fraude”, cobrou, em vídeo publicado nas redes sociais.