O Estado de S. Paulo, n. 48101, 28/06/2025. Política, p. A10
Ato pró-Bolsonaro em SP terá governadores e parlamentares
Karina Ferreira
Em nova tentativa de mostrar força política reunindo apoiadores na rua, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará mais uma vez na Avenida Paulista, em São Paulo, amanhã. Parlamentares, ex-ministros de seu governo e governadores aliados confirmaram presença, mas de forma mais tímida do que nas últimas manifestações, quando uma lista com mais de 100 políticos confirmados rodava entre os grupos bolsonaristas.
Sem apontar nomes, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que mais de 60 deputados e 18 senadores vão à Paulista apoiar Bolsonaro.
Outra diferença dos atos anteriores, em que o mote para chamar os bolsonaristas foi “anistia já”, pedindo o perdão político aos condenados do 8 de Janeiro, é que desta vez a palavra praticamente não é usada pelos aliados que fazem o convite. O chamado foi substituído pelas genéricas reivindicações por “liberdade” e “justiça”. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), aliado de Bolsonaro e um dos pré-candidatos à
Tarcísio
Entre os aliados estará o governador de São Paulo, presente na última manifestação na Paulista
Presidência nas eleições de 2026, confirmou presença. Em abril, Tarcísio afirmou que a direita saiu fortalecida da manifestação, que reuniu cerca de 44,9 mil apoiadores na Avenida Paulista. Outros dois chefes de Executivos estaduais aliados ao ex-presidente, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, também afirmaram ao Estadão que estarão presentes.
Outros governadores que também pleiteiam o capital político de Bolsonaro, inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, em uma possível candidatura à Presidência, presentes nos últimos atos, desta vez deixaram em aberto o convite.
Os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, afirmaram que o compromisso não está previsto nas agendas. Outros políticos, como o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), já adiantaram que não irão ao ato. O governador está de férias com a família visitando países da Ásia.