VALOR ECONÔMICO, n 5416, 13/01/2022, internacional, A9
Pressão inflacionária se atenua na China
Nikkei
A pressão inflacionária da China diminuiu ainda mais em dezembro, graças aos preços mais baixos de alimentos e commodities. Mas o novo surto de covid-19, principalmente em Tianjin, pesa nas perspectivas de crescimento para o primeiro trimestre em meio aos preparativos para a Olímpiada de Inverno de Pequim.
O índice de preços ao produtor caiu para 10,3% ao ano em dezembro, após a alta recorde de 13,5% de outubro, informou ontem o Departamento Nacional de Estatística. A queda de preços nas principais indústrias, incluindo mineração e exploração de petróleo e gás, ajudou a reduzir a inflação ao produtor, aliviando as preocupações de que preços mais altos seriam repassados à economia em geral.
Por sua vez, o índice de preços ao consumidor de dezembro desacelerou para uma alta de 1,5%, retornando aos níveis de outubro, refletindo a queda nos preços dos alimentos e da gasolina.
A queda na inflação ficou em linha com as expectativas dos economistas, após a ação do governo para aliviar as rupturas na oferta e estabilizar o crescimento.
“A inflação ao consumidor provavelmente permanecerá moderada nos próximos meses”, avalia o Goldman Sachs. Segundo o banco, dados de alta frequência sugerem uma aceleração do declínio nos preços da carne suína no início de janeiro e diminuição da inflação de vegetais frescos. O Goldman também vê uma queda adicional nos preços ao produtor no curto prazo, citando contínua queda nos preços devido à ação regulatória.