Antônio Pereira Rebouças nasceu em Maragogipe (BA), em 1798, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1880. Foi político e jornalista, autodidata em Direito, membro do Partido Constitucional, dono do jornal O Bahiano – tendo escrito também para O Constitucional –, Secretário da província de Sergipe, Conselheiro do governo e Conselheiro-Geral da província da Bahia, Deputado na Assembleia Geral legislativa por Alagoas e Bahia, nas décadas de 1830 e 1840, e um liberal moderado. Tomou parte ativa na luta da independência, prestando favores tão relevantes que lhe valeram o grau de cavaleiro da Ordem do Cruzeiro. Acreditava na igualdade dos direitos civis para todos os brasileiros. Passou para a história como o pai do abolicionismo. Dentre as obras políticas de Rebouças figuram Recordações da Vida Parlamentar (1870) e Recordações da Vida Patriótica (1879). A obra consiste nas memórias ditadas por Pereira Rebouças quando já sem visão para ler ou escrever e que foram ofertadas ao Conde D’Eu. Contém os acontecimentos mais notáveis havidos na Bahia: a aclamação da Constituição em 10 de fevereiro de 1821, em 3 de novembro, em 19, 20 e 21 de fevereiro, e na Villa da Cachoeira, antes e depois de 25 de junho de 1822. E, ainda, a aclamação da Regência do Reino do Brasil na pessoa do Príncipe D. Pedro de Alcântara, precursora, por sua vez, da aclamação da Independência e do Império.