O autor, major do exército, oficial da ordem da Rosa e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mudou seu nome de Ladisláo do Espírito Santo Mello para Ladisláo dos Santos Titára. Participou da guerra da Independência e por isso modificou o nome como forma de libertar-se da herança portuguesa. Lutou também no Piauí, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para Blake era "militar valente", escritor fecundo", "grande literato" e "exímio poeta". Completa Joaquim Manoel de Macedo, dizendo que tinha "pena de escritor", "espada de guerreiro" e "lira de poeta". A obra trata da Guerra do Prata, ou Guerra contra Oribe e Rosas, travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste da Argentina, de agosto de 1851 a fevereiro de1852, com Brasil e Uruguai versus Argentina. O motivo era a disputa pela influência no Uruguai e hegemonia na região do Rio da Prata. Terminou com a vitória dos aliados na Batalha de Monte Caseros, em 1852, garantindo estabilidade política ao Império e estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata. Na presente obra, clássica sobre o assunto, Titára colige e menciona os atos mais atrozes de Rosas e Oribe e outros que ajudam a elucidar a política de ambos e os motivos que levaram o governo brasileiro a lançar mão das armas.