Para escrever a Historia da America Portugueza - que veio a público quando o autor contava 70 anos de idade - Rocha Pitta embrenhou-se nos arquivos dos Conventos das Ordens de São Francisco, São Carmo e São Bento e, depois de esgotar fontes brasileiras, foi buscá-las em Portugal. Para o historiador Ronaldo Vainfas, no Dicionário do Brasil Colonial (2000, p. 511), a obra é um relato histórico com pretensões a texto literário, de acentuado estilo barroco e menciona a opinião de outro historiador, José Honório Rodrigues, para quem esta é "a mais lusitana história do Brasil colonial". Explica-se, foi escrita do ponto de vista do colonizador. A obra suscita opiniões contraditórias, certamente pelo fato de Rocha Pitta tomar por verídicos fatos que só existiram na tradição popular e nas invenções dos missionários, ou por transparecer a mentalidade de um homem do seu tempo. Mas o grande bibliógrafo Innocencio da Silva (1998, v. 7, p. 223) considerou-a - para a época em que foi escrita -, "um bom monumento, e um tesouro precioso", que honrou a língua e a literatura portuguesa. No Blake (1902, v.7, p. 215) constam outras duas edições; a da Bahia, de 1878 e a de Lisboa, de 1880, com 6 estampas e 1 mapa, sendo revista e anotada por J. G. Goes e com a declaração de segunda edição, sendo entretanto a terceira. Compõe-se de 10 capítulos, sendo os dois primeiros sobre geografia, produção natural, localidades, e pessoas de distinção. Os demais, são uma crônica da vida político-administrativa da Colônia e de seus governos, até o ano de 1724.
Trata-se de fac-símile da primeira história do Brasil escrita e impressa por autor brasileiro. "Existem exemplares em papel de grande formato. Além dessas edições, existe outra publicada pela Garnier, que não é escassa e é pouco apreciada".--(MORAES, 2010, v. 2, p. 207).
"Borba de Moraes II, pág. 678; Blake VII; pág. 214. Segunda edição desta obra clássica e estimada, publicada mais de 150 anos após a primeira." (LIVRARIA..., 1984, p. [28]).