Segundo Silvio Romero (2001, v. 2, p. 1153-1155), no seu volume de História da Literatura Brasileira, as melhores obras de Mello Morais são as de poesia e as de contribuição etnográfica, como no caso o Cancioneiro dos Ciganos. A obra é uma coletânea de quadrinhas ciganas rimadas, divididas nas séries lyricas, elegíacas e funerarias. Romero informa que o livro resultou de pesquisa direta e pessoal do autor, amigo de alguns ciganos existentes no Rio de Janeiro, e por meio dos quais conseguiu relacionar-se e pesquisar o grupo local. A dúvida que levanta é se esta população pesquisada já não estaria aculturada e desviada dos hábitos ciganos primitivos e se as quadrinhas, ouvidas e coligidas por Mello Morais, não teriam também sofrido influência externa.