"O livro A Cachoeira de Paulo-Affonso foi publicado após a morte de Castro Alves, sete anos antes da publicação da sua obra principal, Os Escravos. [...] Para Afrânio Peixoto, A Cachoeira de Paulo-Affonso é a parte final dos Escravos, porque assim o desejava o autor. [...] A obra é composta de 33 poemas de metros e tamanhos variados que, no seu conjunto, constituem uma sequência narrativa, emoldurada por quadros que fixam aspectos e momentos da natureza brasileira. Ruy Barbosa, que fez a primeira crítica, destaca os primores de descritiva das paisagens e dos tipos rústicos. Com efeito, a tragédia íntima da escravidão se desenrola dolorosa e inconsolável no cenário da bela cachoeira, imenso palco, digno de tamanha dor."