O Dicionário da Língua Portuguesa, segundo Verdelho (2003), é considerado "o início da dicionarística portuguesa moderna", origem e fundamento de "toda a genealogia lexicográfica desenvolvida ao longo dos últimos 200 anos" e fator de harmonia e sinergia linguísticas entre Brasil e Portugal. Sua primeira edição, intitulada "Diccionario da Lingua Portugueza composto pelo Padre D. Rafael Bluteau, reformado, e accrescentado por Antonio de Moraes Silva, natural do Rio de Janeiro (Lisboa, 1789)", de acordo com a BBM, "é a primeira sistematização moderna do léxico da língua, modelo e exemplo para todos os seguintes." A 2ª e 3ª edições do Diccionario (1813 e 1823) - conforme consta no verbete da Wikipedia -, por terem sido tão significativamente enriquecidas e atualizadas por Morais, são consideradas uma nova obra. Como o autor faleceu em 1824, a 3ª edição, de 1823, foi sua última edição em vida. Porém, sua autoria foi conservada até a última edição, a 10ª (1949-1959), apesar de contar com contribuições de vários outros lexicógrafos.