Tratam-se de artigos publicados no Jornal do Comércio, em resposta aos do Barão de Tefé, relativos à exploração do Rio Javari.
A questão do Acre principia pela falta de demarcação da vasta região situada entre os Rios Jauru e Javari, que fez com que permanecesse desconhecido o trecho entre este e o Madeira. Terras habitadas por índígenas, não se sabia se eram pertencentes ao Brasil, Peru ou Bolívia. Desde 1852 brasileiros chegavam à região, mas em 1877, a ocupação foi intensificada por migrantes, oriundos principalmente do Nordeste, inclusive cearenses, foragidos da grande seca do período. Teve início a exploração da borracha. A povoação estendeu-se pela região dos rios Yaco, Purus, Tarauacá e Juruá, atingindo uma população de 60.000 habitantes. Diante da situação, Brasil e Bolívia puseram-se à demarcação de suas fronteiras, principalmente na região do Acre. Em 1895, foi assinado um protocolo entre os governos, para dirimir a questão. Organizou-se uma Comissão Mista de que eram integrantes do lado brasileiro o Tenente-Coronel Gregório Taumaturgo de Azevedo e o Capitão-Tenente Augusto da Cunha Gomes. Taumaturgo insistiu na possibilidade de ter havido engano na fixação da nascente do Javari, realizada em 1874, pela comissão chefiada pelo Barão de Tefé, a ponto de exonerar-se do cargo. O então Ministro das Relações Exteriores, Dionísio Cerqueira, ordenou nova aferição por Cunha Gomes, novo chefe da Comissão. Em 1898, findada a aferição, chegou-se à conclusão de que, pelo Tratado de 1867, pertencia o Acre à Bolívia. Estava o território, no entanto, completamente ocupado pelos brasileiros. A questão do Acre finda com o Tratado de Petrópolis de 1903, que deu posse ao Brasil.