Em 7 de setembro de 1889, por meio de um tratado de arbitramento, os governos do Brasil e da Argentina concordaram em submeter seu litígio de fronteiras à decisão arbitral do Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. A defesa brasileira ficou a cargo do Barão do Rio Branco; e a argentina, a cargo do Dr. Stanislau Zeballos. Em 23 de janeiro de 1894, dezessete dias antes do encerramento do prazo para apresentação da exposição ao árbitro, foram entregues a Knickerbocker Press, de Nova Iorque, os originais da defesa brasileira em português e a respectiva versão inglesa executada pelo professor Charles Giradot, sendo as provas revistas pelo professor John Basselt Moore. O estabelecimento gráfico interrompeu todos os outros trabalhos e funcionou noite e dia para a conclusão do documento, impresso em 6 volumes. Em 10 de fevereiro de 1894, as exposições foram apresentadas ao árbitro norte-americano, que, após um ano de laborioso estudo, deu ganho de causa ao Brasil, por laudo arbitral de 5 de fevereiro de 1895. Definitiva para a questão foi a localização do Mapa das Côrtes, de 1749, e da Instrução Particular de 1758 – de que nos dá notícia Araújo Jorge – além da rica exposição brasileira feita pelo Barão do Rio Branco. A fronteira entre Brasil-Argentina foi delimitada pelo Tratado de 6 de outubro de 1898, com base no Laudo Arbitral de 5 de fevereiro de 1895, e demarcada entre 1901 e 1904.