O RAF nº 85, em linha com as projeções feitas pelos principais analistas, instituições e atores do mercado, traz o ajuste na projeção da IFI para o crescimento econômico em 2024 de 1,2% para 1,6%. Levou-se em consideração o efeito positivo sobre o consumo provocado pela injeção de renda introduzida pelo pagamento dos precatórios em dezembro de 2023 e a melhora do cenário externo. Ainda assim a estimativa da IFI se situa em um patamar ligeiramente inferior ao do Fundo Monetário Internacional (FMI) - 1,7%, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) -1,8%- e do Banco Central do Brasil (1,7%). O RAF identifica ainda incertezas relativas às fragilidades fiscais, ao excessivo endividamento das famílias, às eleições
americanas e aos conflitos armados em curso. Em contrapartida, verifica a possibilidade de ampliação dos investimentos a partir da queda da taxa básica de juros, do aumento da confiança nos resultados da política econômica e da expansão do crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Quanto à inflação, ajusta-se a projeção para 2024 a 3,9%, dentro da margem de tolerância da meta inflacionária traçada pelo Conselho Monetário Nacional,
principalmente em função da queda do preço das commodities em reais.