A obra foi publicada anonimamente. Em carta escrita a D. Pedro II, alguns anos mais tarde, Varnhagen, diplomata e historiador brasileiro, revela que suprimia seu nome para que o público não viesse a pensar que havia sido escrito por estrangeiro. A primeira edição da obra contem fac-símiles das assinaturas de personagens importantes da história do país no período. Traz a minuta original das instruções dadas a Pedro Álvares Cabral, que levaram ao descobrimento do Brasil. A obra caracteriza o apogeu do Império do Brasil. Foi dedicada a Pedro II, que, de acordo com o autor, compreendia "o valor do estudo da história pátria para o esplendor da nação, a instrução dos súditos e o bom governo do país". Assim, Varnhagen achava que sua obra contribuiria para a honra da Monarquia no conserto das nações civilizadas. Considerado por Oliveira Lima "o criador da história pátria", Varnhagen tornou-s Barão por decreto, em 1872, e Visconde de Porto Seguro, em 1874.
Notas:
Publicado de 1854 a 1857.
v. 1. Mapa-mundi representando a partição do orbe gentilico entre Portugal e Castella [entre p. 50 e 51]; mapa do Brasil , longitude ocidental do meridiano de Cabo de Santo Agostinho [entre p. 88 e 89]; desenho de armas e adornos dos índios [entre p. 112 e 113]; desenho de taba ou aldeia índia [entre p. 116 e 117]; desenho de utensílios e instrumentos dos índios [entre p. 118 e 119]; desenho dos ilheos, chegada dos primeiros colonos [entre p. 150 e 151]; vista da península de Itapagipe em 1549 [entre p. 198 e 199]; desenho da matança do primeiro bispo da Bahia e de seus companheiros [entre p. 220 e 221]; vista do Recife e de Olinda em 1630 [entre p. 358 e 359]; planta do porto do cabo de Santo Agostinho [entre p. 366 e 367]; antiga povoação da Paraíba [entre p. 370 e 371]; alcacer da Boa Vista em Pernambuco [entre p. 382 e 383]; o recife de Pernambuco em tempo do domínio holandês [entre p. 402 e 403]; fac-símile de carta de autoria não identificada [entre p. 422 e 423]; fac-similes das assinaturas de algumas pessoas notáveis comentadas na obra [p. 476 e 477]; v. 2. O penedo no tempo do domínio holandês [entre p. 12 e 13]; assedio do Recife [entre p. 32 e 33]; retrato de Antonio Nobrega [entre p. 50 e 51]; transmigrações para as minas [entre p. 100 e 101]; mapa da entrada e porto do Rio de Janeiro [entre p. 110 e 111]; retrato do Conde de Bobadella [entre p. 210 e 211]; planta do Rio Grande do Sul e das posições das tropas beligerantes antes da vitória alcançada no dia 1 de abril de 1776 [entre p. 224 e 225]; planta da colônia do Sacramento em 1777 [entre p. 228 e 229]; retrato de José da Silva Lisboa, Visconde de Cayrú [entre p. 286 e 287]; retrato de José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco em 1798 [entre p. 306 e 307]; retrato de D. João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves [entre p. 340 e 341]; paisagem de o Ipanema em 1821 [entre p. 372 e 373].