Aborda o debate sobre os limites da linguagem publicitária em ações não mercadológicas a partir de uma análise das estratégias de persuasão utilizadas pelo Ministério da Saúde do Brasil em 150 filmes publicitários produzidos e veiculados entre 1996 e 2008, combinando o uso da análise retórica e da análise argumentativa. Constata uma mistura entre as funções de utilidade pública e institucional da publicidade; um grande número e diversidade na natureza dos assuntos tratados; uma repetição elevada de estratégias narrativas; uma predominância do tema das doenças transmissíveis; uma busca por força persuasiva baseada nos apelos à emoção, semelhantemente à publicidade comercial; e que a comunicação é admitida hoje apenas como estratégia de intervenção complementar para a promoção à saúde.