O romance sofreu atraso no processo de impressão, só terminando em Paris em 5 de dezembro de 1899, e os exemplares desta primeira edição chegaram ao mercado brasileiro apenas em princípios de 1900. Foi possivelmente a obra mais trabalhada do autor. Recebeu elogios de autores renomados, como José Veríssimo, Artur Azevedo e Medeiros de Albuquerque, embora esses elogios possam ser considerados escassos, tendo em vista a qualidade do romance recém-lançado. "Só muito posteriormente, aliás, é que a crítica entraria a analisá-lo e valorizá-lo devidamente. Atualmente, é quase unânime em pronunciar-se acerca do romance como a obra prima do mestre, no que concerne à sua produção de ficcionista, a maior ainda surgida em língua portuguesa." (ENCICLOPÉDIA de Literatura Brasileira. 2. ed., rev., ampl., atual. e il. Rio de Janeiro : Global : Fundação Biblioteca Nacional, 2001. v.1, p. 606). Dom Casmurro dá continuidade à trajetória de renovação que teve início com Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881. O uso de capítulos curtos, a narrativa irônica já conhecida de outras obras, o pessimismo amargo e as técnicas renovadoras fazem dessa obra um marco da literatura brasileira, sendo um dos livros mais traduzidos para outros idiomas.