"A quinta e última viagem levou Saint-Hilaire à província mais sulina, o Rio Grande do Sul. Foi a primeira expedição botânica a esta região. Embora de pouca duração - janeiro a maio de 1822 - seria a mais importante para a sua carreira científica. Ele morreu em 1853 e o volume só foi publicado muito mais tarde, em 1887.--(KOPPEL, 1992, P. 399).
"1. edição póstuma e única no original, daí seu valor incontestável. Foi traduzida por Leonam de Azevedo Pena para a Ariel, 1935, e para a Brasiliana, 1939. Versão infiel. A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul de 1922 a 1926 publicou até o capítulo 5 uma boa versão de Adroaldo Mesquita da Costa. Augusto Meyer registra 'que um exemplar da edição original que, há uns 20 anos mais ou menos, ainda se mantinha numa cotação para bibliófilo remediado, custa hoje os olhos da cara'. Affonso Taunay observa: '...a Viagem ao Rio Grande do Sul, livro muito mais raro do que as suas demais obras'. Acrescenta supor que tal se dê porque deste trabalho tenham sido impressos menos exemplares, e termina: 'O caso é que ele se negocia hoje por preços incomparavelmente mais altos do que os das outras Viagens'. Rubens Borba de Moraes, registrando as Viagens, escreve: 'Consta de 9 volumes cheios das mais preciosas obervações feitas com uma honestidade notável. Poucas obras do gênero atingem o calor das de Saint-Hilaite. São clássicas e indispensáveis para o estudo do sul do Brasil antes da independência'. Guilhermino Cesar, na sua 'História da literatura...', anota: 'Representa, em suma, o mais belo documentário já escrito sobre o Rio Grande do Sul'. Ainda citando Augusto Meyer: '...a sua Viagem não perde o vigor e a frescura de um testemunho cada vez mais humano'".--(BIBLIOTECA..., 1972, p. 161-162).
"Além dessas obras, Saint-Hilaire deixou muitos artigos publicados em várias revistas científicas, dos quais existem separatas. Sobre Saint-Hilaire ver, entre outros estudos, o prefácio que escrevi para a tradução da viagem a São Paulo, publicada no vol. II de minha 'Biblioteca histórica brasileira'.". --(MORAES, 2010, v. 2, p. 297).