Os indicadores econômicos mensais indicam que a economia pode ter tido o seu pior momento, no segundo trimestre, em abril. As projeções de mercado apontam para uma recessão de mais de 10%. O atual cenário base da IFI segue indicando queda de 6,5% para 2020. Os dados indicam que a crise não alterou significativamente a precificação de mercado. O mercado parece ter assimilado que a piora fiscal de curto prazo não transbordará para os anos seguintes. Do lado fiscal, as contas públicas têm refletido a necessidade de forte aumento de despesas, em meio à pandemia, e queda expressiva das receitas em relação ao ano passado. Esse movimento deve levar a um déficit anual de R$ 877,8 bilhões até o fim do ano. A dívida bruta continua em trajetória de alta, tendo atingido, em maio, o nível de 81,9% do PIB, ponto mais alto de toda a série histórica. Até o fim de 2020, projeta-se alta do indicador para 96,1% do PIB, de acordo com o cenário base da IFI. O desafio, a partir de 2021, será restabelecer uma política de ajuste fiscal que permita alcançar as condições de sustentabilidade do indicador dívida/PIB. Os riscos de insolvência seguirão controlados se, passada a crise da Covid-19, as decisões de política econômica mantiverem o equilíbrio fiscal como prioridade.