"1. e única edição, do século passado [século XIX]. O catálogo de raridades da Kosmos indica esta obra como raríssima e avaliada em Cr$ 20.000,00 cruzeiros antigos. Para Plinio Ayrosa, este livro é quase que uma reprodução do dicionário de Frei Onofre impresso em 1795, não deixando, contudo, de ser uma abundante fonte para o estudo das línguas nativas da América do Sul. Para outros, deve-se a Martius, além de grande número de vocábulos, um primeiro e decisivo impulso para o estudo das tribos indígenas e sua distribuição por grupos, conforme a afinidade lingüística. O desejo do autor foi unificar as várias línguas indígenas, pois que observa, durante a permanência entre eles, a falta de harmonia existente quando falavam idiomas vários. Igualmente, seu desejo era que, em locais apropriados, se criassem escolas da 'língua geral Brasílica', a fim de que os brasileiros forçados a terem contato com os índios aprendessem-na e com isso obtivessem maiores facilidades para integrar o indígena à civilização."-- Biblioteca..., 1972, páginas 128-129.
"Sobre essa obra eis o que escreve Plinio Ayrosa (Bibl. da lingua tupi-guarani, nº 334): 'Pode se comprovar facilmente que o Diccionario da lingua Geral brasilica Portuguez-allemão (pp. 23 a 97) é uma reprodução quase integral da primeira parte do Dicionario Brasiliano-portuguez de frei Onofre, impresso em 1795 por frei Veloso, junto com a versão alemã. São dadas as derivações do tupi-guarani para os nomes de plantas, animais e lugares que, em geral, são controversos, quando não flagrantemente fantásticos. O grande intelecto desde renomado botânico foi induzido em erro, nessas sugestões etimológicas, pela aparente adaptabilidade das expressões nativas da América do Sul'."-- Moraes, 2010, volume 2, páginas 44.