As crises alimentares decorrentes dos surtos do “mal da vaca louca” e de febre aftosa na Europa provocaram a instituição de novos paradigmas nos padrões de consumo de alimentos em diversos mercados, sobretudo nos de países desenvolvidos. Um reflexo disso é a exigência legal de rastreabilidade para os alimentos produzidos ou exportados para a União Européia. O Japão e os Estados Unidos seguem o mesmo caminho. As exportações de carne bovina brasileira sofreram embargos em decorrência das novas normas européias de segurança alimentar, que colocaram sob suspeita a eficiência da rastreabilidade desse produto implantada no Brasil. A legislação brasileira aborda a rastreabilidade ainda de forma superficial, enquanto normas ISO de rastreabilidade alimentar tendem a ser uma referência mundial como norma e indicador de competitividade para as empresas.