O krausismo foi um sistema filosófico, concebido pelo alemão Karl Christian Friedrich Krause (1781-1832) e postulava que o “mundo não é equivalente a Deus, mas que está em Deus, distinto de Deus, ou que Deus está acima do mundo, como Ser Supremo” (p. 15). Difundiu-se na Europa por meio de seu discípulo Enrique Ahrens (1808-1874) e G. Tiberghien (1819-1901). No Brasil encontrou acolhida principalmente na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, sendo seus principais cultores João Theodoro Xavier de Matos (1820-1878) e Galvão Bueno. Com seu compêndio, Bueno pretendeu abranger a totalidade do saber filosófico e criticava expressamente a filosofia de Comte, afirmando que este propunha a substituição de Deus pela humanidade e convidava o homem a adorar a si próprio. Fato é que muitos dos seguidores do krausismo converteram-se mais tarde em positivistas. (PAIM, Antonio. O krausismo brasileiro. 2. ed. Londrina : CEFIL, 1999. 31 p.).