Último livro escrito por Machado de Assis. Em carta enviada a Joaquim Nabuco, Machado de Assis escrevia: “Não sei se terei tempo de dar forma e termo a um livro que medito e esboço; se puder, será certamente o último” (MACHADO, 2003, p. 285). Romance psicológico, publicado no ano de sua morte, em 1908, é o único em que se fazem presentes traços autobiográficos. Organizado como um diário de um velho diplomata aposentado, que vive com um casal profundamente unido, não tem enredo único, é composto de vários episódios e anedotas. Machado de Assis conseguiu ser original neste romance, usando uma expressão moral diferente de suas outras obras, considerado de execução difícil, mesmo para um autor consagrado como ele. A obra trata dos idílios amorosos e das futilidades de personagens pertencentes à elite brasileira do final do século XIX. Esta é a primeira edição, publicada em julho de 1908, segundo Galante.