Este artigo tem como objetivo analisar o controle sobre os pressupostos
constitucionais de relevância e urgência das Medidas Provisórias (MPs), destacando
sua importância para a manutenção do equilíbrio entre os Poderes. A pesquisa
concentra-se na atuação do Congresso Nacional durante a fase de admissibilidade,
etapa crucial para avaliar a conformidade dessas medidas com os critérios
estabelecidos no artigo 62 da Constituição Federal. A análise baseia-se em revisão
bibliográfica e documental, com ênfase na redação original da Constituição de 1988 e
nas alterações promovidas pela Emenda Constitucional nº 32/2001. O estudo
investiga a origem, a evolução e os limites do controle parlamentar sobre esses
pressupostos, ressaltando os impactos dessa etapa no processo de conversão das
MPs em lei. Ao final, examina-se o papel do presidente do Congresso Nacional na
verificação dos pressupostos constitucionais, especificamente quando opta por
devolver uma MP ao Poder Executivo. Constatou-se que a atuação monocrática
enfraquece a deliberação coletiva e compromete o papel fiscalizatório do Poder
Legislativo. Os resultados apontam que o controle colegiado da admissibilidade
contribui para uma atuação legislativa mais técnica, responsável e transparente, além
de limitar o uso excessivo e indevido das MPs pelo Executivo. Conclui-se que a
efetividade dessa fase é essencial para evitar a atuação isolada de agentes políticos
e garantir uma deliberação ampla e democrática das MPs, promovendo uma
governança mais representativa e alinhada aos interesses da sociedade.
Notas:
Artigo científico apresentado ao Instituto
Legislativo Brasileiro – ILB como prérequisito
para a obtenção de certificado de
conclusão de Curso de Pós-Graduação
Lato Sensu em Poder Legislativo e Direito
Parlamentar.
Banca Examinadora: Prof. Me. Rodrigo Ribeiro Bedritichuk, Prof. Me. Clay Souza Teles.
Inclui notas explicativas.
Inclui título e resumo em português e inglês.